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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Filosofia e Ciências Humanas

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Institucional

Tipo do Documento: Tese

Título: CONSCIÊNCIA FENOMÊNICA E VISÃO CIENTÍFICA DE MUNDO

Orientador
  • LUIZ HENRIQUE DE ARAUJO DUTRA
Aluno
  • JOEDSON MARCOS SILVA

Conteúdo

Este trabalho aborda alguns problemas filosóficos sobre a consciência. a questão central discutida é como fenômenos conscientes, subjetivos, relacionam-se com o mundo material conforme este é concebido por nossa visão científica de mundo. para alguns filósofos que enfrentam a questão, a mente consciente não é nada além do cérebro em funcionamento e, ao explicarmos como o cérebro trabalha, estamos já esclarecendo o que é a consciência, visto que esta é idêntica às entidades cerebrais. esse ponto de vista materialista faz desaparecer o problema de como a mente se encaixa no mundo, uma vez que ela não passaria de um aspecto das ocorrências materiais semelhantes a tudo o mais que existe no universo. outra perspectiva, alentada pelos críticos do materialismo, concebe os estados mentais como radicalmente diferentes de estados físicos, não podendo a mera descrição do cérebro explicar adequadamente o mental. no início do trabalho, serão explanados alguns do pontos principais desta controvérsia, apontando sua relevância filosófica para além de uma disputa puramente científica. perguntas a propósito da natureza das entidades mentais conscientes, do modo como podemos conhecê-las e sobre sua relação com o mundo material acabam repercutindo em áreas como a epistemologia, a metafísica, a ontologia, dentre outras, na medida em que cada abordagem sobre o problema mente-corpo termina por se comprometer com diversas teorias nesses campos de estudo; por essa razão, esse assunto se impõe como alvo de intensa controvérsia filosófica. será assinalada a centralidade da noção de consciência na filosofia da mente atual e serão apresentadas algumas das questões em disputa relativas a esse conceito, bem como certas abordagens que tencionam resolvê-las. em seguida, será exposto o dualismo naturalista defendido por david chalmers. para chalmers, a grande questão (hard problem) da filosofia da mente é como explicar o estado de primeira pessoa, os fenômenos conscientes; saber como processos físicos ocorridos em nosso cérebro podem dar origem à experiência interna subjetiva e qual a natureza dessa experiência. posteriormente, será reconstruída a posição de j. searle, defensor da teoria de que a consciência resulta das propriedades biológico-causais do cérebro. a partir dos argumentos desses dois filósofos, que realizaram desenvolvimentos importantes no enfrentamento do problema da consciência, será mostrada a oposição que eles acabam por estabelecer no contexto da filosofia da mente contemporânea. david chalmers tem sua posição criticada por searle, que vê o dualismo naturalista como uma extravagância metafísica, uma vez que estabelece uma diferença ilegítima entre consciência e realidade física. para searle, tal distinção peca por ignorar as características neurobiológicas específicas do cérebro, de onde estados conscientes e “qualia” despontam. somente os biologicamente desinformados, entende ele, negariam o fato de a consciência ser causada pelo cérebro. na solução de searle para o problema mente-corpo, denominada naturalismo biológico, o vocábulo “naturalismo” acentua o fato de nossos estados mentais estarem inteiramente acomodados ao universo natural, não estando acima das coisas comuns conhecidas. nesse sentido, eles podem ser interpretados à luz das ciências da natureza de que dispomos. o mental, portanto, deve inserir-se nos relatos biológicos amplamente conhecidos e dos quais fazem parte fenômenos como a digestão e outros. os cérebros produzem a vida mental e as causas responsáveis pelo aparecimento de nossa experiência interna subjetiva são fenômenos neurofisiológicos que se passam nesse órgão.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.94853

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,98% 5,02% 9,54% 5,39% 6,29% 5,06% 4,88% 6,46% 5,49% 4,36% 6,31% 9,19% 4,45% 6,66% 5,97% 9,96%
ODS Predominates
ODS 16
ODS 1

4,98%

ODS 2

5,02%

ODS 3

9,54%

ODS 4

5,39%

ODS 5

6,29%

ODS 6

5,06%

ODS 7

4,88%

ODS 8

6,46%

ODS 9

5,49%

ODS 10

4,36%

ODS 11

6,31%

ODS 12

9,19%

ODS 13

4,45%

ODS 14

6,66%

ODS 15

5,97%

ODS 16

9,96%