
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Econômica
Tipo do Documento: Tese
Título: OLHAR E PASSIVIDADE NA PINTURA SEGUNDO MERLEAU-PONTY
Ano: 2015
Orientador
- MARCOS JOSE MULLER GRANZOTTO
Aluno
- AMAURI CARBONI BITENCOURT
Conteúdo
Esta pesquisa tem por objetivo mostrar a articulação entre atividade e passividade, seja do artista, seja do espectador, na experiência artística. imerso nesta atividade-passividade, o pintor transmuta para a tela o enigma que percebe em seu contato com a natureza. aprendendo com saberes culturais que lidam com o mundo sensível, merleau-ponty pretende fazer uma filosofia tal como uma obra de arte. a pintura, que constitui um desses saberes, instala-se no mundo sensível e, com isso, revela a merleau-ponty a tarefa de aprofundar a temática do olhar. o olhar exprime, de acordo com o filósofo, um quiasma entre o visível e o invisível. nesse sentido, contra o pensamento de ver, tipicamente cartesiano, o olhar é tratado como um enigma. mais além de querer representar a natureza na tela, o pintor quer imprimir o todo indivisível, a natureza em seu estado de origem. é a partir deste ponto de vista que o filósofo não recorre à história da filosofia ou ao mundo científico para constituir a sua ontologia, mas à história da arte. mais do que isso, é na frequentação às obras de arte que merleau-ponty opera uma verdadeira escuta às diferentes camadas de ser reveladas pela experiência sensível em sentido amplo. entendida como ser bruto, a experiência sensível é primeiramente a imbricação (empiètement) recíproca das imagens visíveis, bem como o salto (enjambement) para este domínio invisível, que são as criações (do espírito selvagem) mais além de cada imagem, até o limite daquilo que se doa não como imagem, mas como precessão (précession) de um estranho como outrem. ademais, este trabalho reafirma a importância do espectador na retomada da obra de arte, tarefa que faz empregando o seu corpo, que é um correlato do mundo, em que o olhar, além de contemplar, pode fornecer substratos para uma criação, até o limite em que é surpreendido por algo que se impõe como alteridade. a pintura, assim, mostrará que o espectador experimenta uma dupla passividade: ao quadro e ao olhar do estranho, que se assemelha aquela vivida pelo próprio pintor, em parte, passivo à imagens que lhe vem do mundo e da história; mas também passivo a sua própria intimidade que se revela como estilo. essa dupla passividade tem uma relação com a dupla falta do sujeito do desejo, salientada por jacques lacan no seminário xi.
Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.98484
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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4,96% | 5,87% | 7,80% | 6,15% | 6,78% | 5,22% | 5,99% | 7,82% | 6,88% | 5,39% | 7,08% | 5,67% | 4,96% | 6,59% | 5,67% | 7,16% |
ODS Predominates


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6,15%

6,78%

5,22%

5,99%

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