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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Filosofia e Ciências Humanas

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Econômica

Tipo do Documento: Tese

Título: TEMPO, MEMÓRIA E NARRATIVA KAINGANG NO OESTE CATARINENSE: A TRADIÇÃO KAINGANG E A PROTEÇÃO TUTELAR NO CONTEXTO DA TRANSFORMAÇÃO DA PAISAGEM NA TERRA INDÍGENA XAPECÓ.

Ano: 2015

Orientador
  • ANA LUCIA VULFE NOTZOLD
Aluno
  • CARINA SANTOS DE ALMEIDA

Conteúdo

Este estudo acerca dos kaingang da terra indígena xapecó orienta-se pelas relações estabelecidas do povo com o ambiente e seus desdobramentos, visa dessa forma apresentar os meandros da atuação da proteção tutelar no contexto da transformação da paisagem e as consequentes rupturas, impactos e/ou continuidades no modo de vida e no habitus social kaingang. a temporalidade deste estudo conduziu-se a partir dos registros e descrições relacionadas aos kaingang do século xviii e alcança a contemporaneidade. os encontros e desencontros dos kaingang com não índios em terras meridionais foram registrados em descrições de cunho etnográfico e representam momentos decisivos na trajetória histórica do povo. por outro lado, foi a partir dos oitocentos e, sobretudo, dos novecentos que a espacialização e a territorialidade kaingang deslocaram-se visceralmente da condição de mobilidade para a de homo situs, impactando as relações do povo no tempo/espaço. a indigeneidade da paisagem marca as narrativas de história e memória dos kaingang ressaltando a existência do tempo dos “antigos” e do tempo de “agora”. as reminiscências mnemônicas expressas entre silêncios, esquecimentos e lembranças descrevem os enredos das relações de contato e da proteção tutelar, bem como as instâncias constituintes do mundo kaingang. as narrativas ressaltam o papel central do “mato virgem” e do “pinhalão” no modo de vida e no habitus social à medida que estes espaços são entendidos como elementos integrantes da tradição kaingang. a tese elaborou e apresenta diversos produtos em história indígena e ambiental no que concerne a localização e a caracterização da ti xapecó através de mapas e da perspectiva multi-temporal da composição da cobertura florestal. as sinuosidades da transformação do modo de vida e habitus social kaingang e da paisagem da ti xapecó são expressas nas múltiplas faces da proteção tutelar, que por meio do propulsor indigenismo brasileiro, possibilitou a grilagem, o esbulho e a espoliação dos índios do “chapecózinho” ao mesmo tempo em que a inserção da ti na lógica do desenvolvimento econômico. a “marcha para a emancipação econômica” do posto indígena xapecó a partir da gestão do patrimônio indígena percorreu momentos distintos e pautou-se na exploração das potencialidades naturais. o modelo de indigenismo rondoniano-varguista marcou um primeiro momento da proteção tutelar sendo procedido pelo indigenismo da funai, que a despeito de seu início moralizante, permitiu à exaustiva exploração dos recursos florestais e inseriu as terras indígenas no sul do brasil no contexto do nacional-desenvolvimentismo brasileiro. a exploração da madeira se encerrou na ti xapecó e a proteção tutelar na figura do chefe de posto perdeu definitivamente qualquer status de poder centralizador à medida que o protagonismo kaingang passou a conduzir as práticas políticas e socioeconômicas locais.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.98399

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,98% 6,07% 7,61% 6,22% 6,53% 5,38% 6,19% 7,84% 7,38% 5,46% 7,53% 5,52% 4,89% 6,73% 5,30% 6,37%
ODS Predominates
ODS 8
ODS 1

4,98%

ODS 2

6,07%

ODS 3

7,61%

ODS 4

6,22%

ODS 5

6,53%

ODS 6

5,38%

ODS 7

6,19%

ODS 8

7,84%

ODS 9

7,38%

ODS 10

5,46%

ODS 11

7,53%

ODS 12

5,52%

ODS 13

4,89%

ODS 14

6,73%

ODS 15

5,30%

ODS 16

6,37%