
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Comunicação e Expressão
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Inglês: Estudos Linguísticos e Literários
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Econômica
Tipo do Documento: Tese
Título: DISABILITY AND METAPHOR IN THE GRAPHIC MEMOIR
Orientador
- SUSANA BORNEO FUNCK
Aluno
- RENATA LUCENA DALMASO
Conteúdo
Esta pesquisa se concentra na representação de deficiência e de corporificação na geração contemporânea de graphic memoirs, com início nos anos 2000 até a presente data em 2015. chamo essas obras de graphic body memoirs. esta tese está dividida em duas grandes partes: a primeira parte é dedicada à investigação das graphic memoirs calling dr. laura: a graphic memoir (2013), de nicole georges, e fun home: uma tragicomédia familiar (2006), de alison bechdel, e o que sharon snyder e david mitchell definem como prótese narrativa. na sua definição do termo, deficiência funciona em discurso literário como um recurso narrativo que funciona como uma metáfora para a não convencionalidade de um dado personagem. as perguntas que faço nessa seção são: como esse conceito funciona no contexto não ficcional de narrativas de vida e, mais especificamente, de graphic memoirs? como o uso metafórico da deficiência funciona em textos onde o corpo deficiente não é necessariamente uma tática narrativa para demonstrar o lado único de um personagem? de que maneira a materialidade da metáfora da deficiência é afetada pela dualidade discursiva dos quadrinhos? as análises realizadas nessa seção sugerem que metonímia parece ser um termo mais apropriado quando se olha para graphic memoirs e deficiência. metáfora é apenas mais uma das maneiras em que deficiência é apresentada nessas graphic memoirs, mas não dá conta da maneira em que é também constitutiva do eu que as narra. metonímia, por outro lado, trabalha através da repetição e não proporciona a relação direta entre significado e significante da metáfora. deficiência como metonímia pode ser vista como um processo, ao invés da direta associação de significantes. o valor simbólico da deficiência precisa ser lido como parte de um sistema maior de construção de significados e sujeitos na autobiografia. ao invés do fechamento da metáfora, eu proponho a contínua abertura da metonímia em relação à deficiência e narrativas autobiográficas. a segunda seção dessa tese é dedicada à análise da metáfora visual em tangles: a story about alzheimers, my mother, and me (2012), de sarah leavitt, epiléptico (2005), de david b., and bitter medicine: a graphic memoir about mental illness (2010), de clem martini e olivier martini. metáfora visual é entendida aqui, em sua maior parte, através da definição de george lakoff e mark johnson e sua teoria da metáfora conceitual como uma figura de linguagem que evoca sensações e produz efeitos no corpo. onde a primeira seção lida com narrativas em que o narrador é o personagem com deficiência, nessa segunda seção eu foco mais em graphic memoirs que representam deficiência em outros. minhas questões aqui são: como a representação de deficiência em outros complica a idéia de auto-representação e deficiência? como metáfora visual é empregada para reforçar a estigmatização daqueles personagens e como é usada para subvertê-la? as análises de tangles e epiléptico sugerem que graphic memoirs que lidam com a representação de deficiência de outros que não seus narradores correm o risco de se apropriarem da estória dessa pessoa durante o processo. metáfora visual, salvo algumas exceções, enfatiza o espetáculo da deficiência em outros. bitter medicine, por outro lado, serve como um exemplo de narrativa em que a representação da deficiência não pode ser caracterizada como tendo um olhar capacitista. em bitter medicine, a narrativa oferece um novo insight sobre o potencial de graphic memoirs como um gênero onde se pode representar deficiência polisemicamente e não apenas como um recurso narrativo no processo de estabelecimento de sujeitos autobiográficos não deficientes.
Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.90873
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
5,07% | 4,96% | 11,75% | 5,35% | 6,95% | 4,28% | 5,07% | 11,86% | 6,87% | 4,24% | 6,92% | 4,58% | 4,57% | 5,00% | 4,47% | 8,07% |
ODS Predominates


5,07%

4,96%

11,75%

5,35%

6,95%

4,28%

5,07%

11,86%

6,87%

4,24%

6,92%

4,58%

4,57%

5,00%

4,47%

8,07%