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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências da Saúde

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Farmácia

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Dissertação

Título: LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA AGUDA: AVALIAÇÃO RETROSPECTIVA DOS CASOS DIAGNOSTICADOS E TRATADOS PELO SERVIÇO DE HEMATOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA ENTRE 2001 E 2013

Orientador
  • MARIA CLAUDIA SANTOS DA SILVA
Aluno
  • GIOVANNA STEFFENELLO DURIGON

Conteúdo

A leucemia promielocítica aguda (lpa) é um subtipo distinto de leucemia mieloide aguda (lma), caracterizado pela presença de um acúmulo de promielócitos anormais na medula óssea e/ou sangue periférico, com risco de coagulopatia e a presença da translocação recíproca e balanceada entre os cromossomas 15 e 17 t(15;17)(q22;q12) e variantes. nos últimos anos, o curso clínico da lpa tem sido modificado de uma leucemia aguda rapidamente fatal para um dos subtipos de lma mais curáveis. a introdução de agentes terapêuticos que atuam diretamente na alteração molecular, como o ácido all-trans-retinóico (atra) e o trióxido de arsênico (ato), tiveram um grande impacto na sobrevida dos pacientes com lpa. o diagnóstico presuntivo de lpa deve ser rápido, pois os pacientes correm risco de morte precoce. a incidência da lpa no brasil é maior (20%) que nos estados unidos e europa ocidental (5 a 15%). as elevadas taxas de mortalidade, especialmente a mortalidade precoce, fazem com que estudos sejam feitos para o melhor entendimento dessa doença no nosso contexto. alguns fatores de prognóstico adverso conhecidos têm sido usados como guia de intensificação de tratamento, tais como, o critério de sanz (2000), o qual se baseia na plaquetopenia (<40x109/l) e principalmente na hiperleucocitose (>10x109/l). porém, ainda se estudam fatores prognósticos adicionais que podem interferir negativamente no curso da doença, a citar: a expressão do cd34 por imunofenotipagem, alto valor da desidrogenase láctica (ldh), mutações no gene do flt3, hemorragia grave, alto score de coagulação intravascular disseminada (civd), anemia (hemoglobina <10g/dl), lpa hipogranular, alterações cromossômicas adicionais (aca), pml-rar? transcrito bcr3. para isso, foram avaliados retrospectivamente os dados clínicos e laboratoriais de 44 pacientes portadores de lpa, diagnosticados e tratados no serviço de hematologia do hospital universitário da universidade federal de santa catarina (hu-ufsc) durante o período de 2001 a 2013. com os dados obtidos, os pacientes foram classificados conforme categorias de risco (sistema pethema), performance status, distúrbio da coagulação, score de civd e fatores prognósticos, como expressão do cd34, mutação flt3, lpa hipogranular, aca, valor de hemoglobina e ldh. a resposta do tratamento foi avaliada durante a indução, a consolidação e a manutenção. além disso, foram analisados a presença de recidiva e o óbito. a lpa correspondeu a 25% dos casos de lmas. dos 44 pacientes estudados, 37 (87,8%) tiveram remissão completa. a sobrevida global (sg), sobrevida livre de doença (sld), sobrevida livre de eventos (sle) e o índice de recidiva hematológica (icr) em 2 anos foram de 77,2%, 67,4%, 67,4% e 8,3%, respectivamente. a mortalidade precoce ocorreu em 15,9%, o que corresponde 78,9% do total de mortes. a maior causa de morte foi a hemorragia grave, especialmente no sistema nervoso central (snc). na regressão logística, o fator prognóstico que teve influência para a resposta terapêutica foi: a ausência de sepse (p=0.007) e o fator prognóstico que mais influenciou para morte, pela análise multivariada, foi a hemorragia grave (p<0.0001), com probabilidade de sobrevivência de 89% em 2 anos, ajustando com esse fator de mau prognóstico. a resposta terapêutica foi melhor alcançada em pacientes que não apresentaram sepse (razão de chance de 9,667). a mortalidade precoce representou quase a totalidade de mortes, sendo a hemorragia grave foi o evento mais importante para a ocorrência de morte nos pacientes com lpa. reconhecer pacientes de alto risco é de suma importância a fim de se instalar medidas de suporte mais agressivas no intuito de evitar o desfecho desfavorável nesses pacientes. portanto, conclui-se que o desfecho clínico dos pacientes portadores de lpa no hu-ufsc é adequado e comparável aos grandes centros.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 2.61455

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
2,45% 3,59% 57,94% 3,46% 1,80% 2,83% 2,71% 3,47% 2,42% 2,66% 2,99% 1,98% 2,96% 3,09% 2,40% 3,26%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

2,45%

ODS 2

3,59%

ODS 3

57,94%

ODS 4

3,46%

ODS 5

1,80%

ODS 6

2,83%

ODS 7

2,71%

ODS 8

3,47%

ODS 9

2,42%

ODS 10

2,66%

ODS 11

2,99%

ODS 12

1,98%

ODS 13

2,96%

ODS 14

3,09%

ODS 15

2,40%

ODS 16

3,26%