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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências da Educação

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Econômica

Tipo do Documento: Dissertação

Título: O PROGRAMA OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA ESCREVENDO O FUTURO E SUA RELAÇÃO COM AS ACÕES PEDAGÓGICAS NA SALA DE AULA

Orientador
  • NELITA BORTOLOTTO
Aluno
  • JOICE ELOI GUIMARAES

Conteúdo

Nesta pesquisa buscamos analisar a inserção das ações propostas pelo programa olimpíada de língua portuguesa – escrevendo o futuro (olp) nas práticas pedagógicas realizadas nas aulas de língua portuguesa. para a realização da pesquisa, destacamos para acompanhar, do conjunto de ações do referido programa, duas situações ou eventos: as etapas de formação presencial dirigidas a professores nos anos de 2011 e 2012, na região da grande florianópolis (sc), e a prática de um docente em uma escola do município de são josé, integrante dessa região, no ano de 2012, com alunos do sexto ano da educação básica. o critério de escolha desse docente baseou-se no fato de este ter assumido,em sua prática pedagógica, o trabalho com a metodologia proposta pelo programa olp, a das sequências didáticas, alicerçada, fundamentalmente, nas discussões de schneuwly e dolz e que prevê o estudo dos gêneros do discurso. fundamentada na teoria do dialogismo de bakhtin e demais autores integrantes de seu círculo, a metodologia de pesquisa orientou-se pela perspectiva sócio-histórica. dessa linha teórica, como foco das reflexões de nossa investigação, elegemos o conceito de enunciado concreto e, como categorias de análise, os conceitos de cronotopo, tema e entonação, componentes do contexto extraverbal. os dados da pesquisa foram gravados em áudio e também registrados em diário de campo. pela análise dos dados coletados foi possível avaliar o trabalho do professor no contexto da organização espaçotemporal direcionada ao desenvolvimento da prática pedagógica assumida com base nos pressupostos da olp. nesse novo cronotopo tornou-se imperativo observar se houve ou não aproximação, no estabelecimento do diálogo, entre as ações desenvolvidas com base na metodologia da olp e as ações curriculares cotidianas de língua portuguesa, fundamentadas nas orientações oficiais, uma vez que, segundo bakhtin, no confronto de vozes resultantes de um diálogo, manifestam-se forças centrípetas (que unificam e centralizam o discurso) e forças centrífugas (que descentralizam o discurso), instalando a tensão entre o “dado” e o “novo” e, no caso em questão, entre o que é conhecido, historicamente sedimentado, homogeneizador e estabilizador dos discursos da esfera escolar e o que propõe a abertura para a mudança. no caso desta pesquisa, veriguamos que o docente viveu essa tensão, em seu aprendizado de ensinar a ensinar e ensinar a aprender, mostrando-se, todavia, sempre aberto ao novo. o ensino dos gêneros, conforme a pesquisa nos permitiu observar, ainda carece, no contexto escolar, de reflexões teórico-metodológicas mais aprofundadas e de orientações mais sólidas e seguras. entendemos ser esta também uma das causas da tensão manifestada na prática do docente sujeito da pesquisa, uma vez que este, ao tentar desenvolver integradamente as dimensões da língua e do discurso, concedeu ênfase aos aspectos formais da língua. apesar disso, avaliamos que seu trabalho foi enriquecido pelos aspectos positivos alcançados. um desses aspectos diz respeito ao papel que assumiu como mediador entre as práticas curriculares cotidianas e as do programa da olp, conseguindo promover a integração entre as duas, o que consideramos um avanço em seu trabalho pedagógico. nesse processo de (re)conhecimento e de desenvolvimento da metodologia proposta pela olp, pudemos observar também o envolvimento dos alunos – partícipes que são da interação na sala de aula – pela demonstração de curiosidade e receptividade frente a este outro jeito de ensinar. as interações dos sujeitos – professor e alunos – no espaço da sala de aula constroem relações de sentidos específicas e particulares a cada contexto de ensino, possibilitando-nos, contudo, uma compreensão para além desse contexto. um desses sentidos é o de que as mudanças nas práticas de ensino de língua portuguesa no ambiente escolar se dão nas fronteiras entre o que os sujeitos reconhecem e validam como ensino da língua e as novas propostas que assumem ou possam vir a assumir em seus atos. esse embate é constructo do diálogo ininterrupto do qual esses sujeitos fazem parte e ao qual respondem ativamente. finalmente, podemos afirmar que, tanto para o professor quanto para os alunos, a inserção do programa olp em sala de aula representou um novo caminhar rumo à conquista progressiva da autonomia discursiva.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.98399

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,98% 6,07% 7,61% 6,22% 6,53% 5,38% 6,19% 7,84% 7,38% 5,46% 7,53% 5,52% 4,89% 6,73% 5,30% 6,37%
ODS Predominates
ODS 8
ODS 1

4,98%

ODS 2

6,07%

ODS 3

7,61%

ODS 4

6,22%

ODS 5

6,53%

ODS 6

5,38%

ODS 7

6,19%

ODS 8

7,84%

ODS 9

7,38%

ODS 10

5,46%

ODS 11

7,53%

ODS 12

5,52%

ODS 13

4,89%

ODS 14

6,73%

ODS 15

5,30%

ODS 16

6,37%