Este estudo analisa a série de televisão true blood (2008) sob o ponto de vista da teoria queer, de estudos culturais e de gênero. fazendo uma abordagem histórica da ficção gótica eu pude identificar a relação entre os vilões de filmes, romances e séries de terror com o “outro”, a figuta exótica das sociedades ocidentais. a ideia do “outro” tem sido estudada e reinterpretade por diferentes áreas do conhecimento, como feminismo e estudos culturais, e ela representa o diferente, o abjeto, aquilo que não é natural. traçando um paralelo entre o “outro” e os montros que têm por muito tempo permeado as narrativas góticas, pode-se reconhecer as semelhanças entre ambos, chegando a conclusão de que estes mesmos monstros têm sido usados como uma metáfora para grupos marginalizados. seguindo esta indicação, eu decidi olhar atentamente para a série true blood, que a primeira vista parecia ser mais uma série de terror sobre vampiros motivada pelo pico de produções sobre monstros que surgiram na ficção durante as primeiras décadas do século vinte e um. eu cheguei a conclusão de que true blood, diferentemente de seus antecessores, expõe e desconstrói a metáfora, mostrando seu lado queer como aspectos comuns e naturais da nossa sociedade.