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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências Agrárias

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Não calculada

Tipo do Documento: Tese

Título: DESENVOLVIMENTO ESTRUTURAL ASSOCIADO à BIOLOGIA REPRODUTIVA DE CAMPOMANESIA XANTHOCARPA O. BERG. (MYRTACEAE)

Orientador
  • MIGUEL PEDRO GUERRA
Aluno
  • CRISTINA MAGALHAES RIBAS

Conteúdo

Os recursos genã©ticos de um paã­s, com rica diversidade biolã³gica como o brasil, possuem expressivo potencial de uso para a alimentaã§ã£o humana e animal, obtenã§ã£o de fibras, pigmentos, condimentos, energia, princã­pios ativos para produã§ã£o de medicamentos, alã©m de representarem um reservatã³rio de adaptabilidade genã©tica frente ã s mudanã§as ambientais. as mirtã¡ceas nativas destacam-se como fonte potencial para diversos usos, por isso, existe a necessidade de melhor estudar esses recursos. neste sentido, o presente trabalho buscou elucidar aspectos ligados ã  biologia reprodutiva da guabirobeira (campomanesia xanthocarpa o. berg.) associados ao desenvolvimento estrutural dos botã?es florais, elucidar os aspectos estruturais da fecundaã§ã£o cruzada e de um possã­vel mecanismo de autoincompatibilidade atuante, bem como estudar o desenvolvimento de frutos, sementes e embriã?es. os resultados mostraram que a etapa de florescimento dura, em mã©dia, 18 dias podendo-se dividir os estã¡dios de desenvolvimento dos botã?es florais em b, c, d1, d2, e (estã¡dio balã£o) e f (antese). o desenvolvimento dos andrã³fitos mostrou que os mesmos sã£o capazes de emitir o tubo polã­nico a partir do estã¡dio d1. em relaã§ã£o ao desenvolvimento dos rudimentos seminais, a partir do estã¡dio d1 ocorreu a intensificaã§ã£o da formaã§ã£o das estruturas de proteã§ã£o e a formaã§ã£o do saco embrionã¡rio, embora este se complete somente no estã¡dio e. a espã©cie investe em estruturas de proteã§ã£o nas sã©palas (cutã­cula, glã¢ndulas de ã³leo e tricomas) e em mecanismos ligados ã  rota transpiratã³ria estomã¡tica e ã  fotossã­ntese (abundã¢ncia de complexos estomã¡ticos e cloroplastos). as pã©talas servem de mecanismo de proteã§ã£o ao androceu e ao gineceu atã© a antese, devido ã  presenã§a de glã¢ndulas de ã³leo e ao formato convexo das cã©lulas. o androceu polistãªmone provavelmente assume papel de atraã§ã£o aos polinizadores pela abundã¢ncia de pã³len e material proteico que produz, alã©m de desenvolver as anteras que garantem a produã§ã£o de gametas funcionais e facilitam a sua dispersã£o no momento da antese, favorecendo a polinizaã§ã£o cruzada. o gineceu estrutura-se de forma a facilitar a adesã£o e a germinaã§ã£o dos grã£os de pã³len compatã­veis, o crescimento dirigido dos tubos polã­nicos, a cã³pula e a descarga dos gametas nos rudimentos seminais, com a consequente singamia, promovendo, assim a fecundaã§ã£o. as glã¢ndulas de ã³leo e os tricomas secretores sã£o estratã©gias extras adotadas pela espã©cie, no sentido de preservar as partes florais dos estresses ambientais, biã³ticos e abiã³ticos, a fim de garantir a perpetuaã§ã£o e a ocupaã§ã£o de novos espaã§os em seu hã¡bitat natural. o pã³len coletado na fase balã£o de desenvolvimento dos botã?es florais pode ser utilizado em polinizaã§ã?es controladas e esta espã©cie apresenta alta eficiãªncia reprodutiva, pois os tubos polã­nicos germinam duas horas apã³s a polinizaã§ã£o cruzada, crescendo rapidamente e de forma organizada, do estigma ao ovã¡rio, com a penetraã§ã£o nos rudimentos seminais trãªs dias depois. devido ao comportamento dos tubos polã­nicos depois da polinizaã§ã£o geitonogã¢mica pode-se concluir que existe barreira ã  autofecundaã§ã£o, sendo a incompatibilidade homomã³rfica gametofã­tica o mecanismo que melhor explica este comportamento. os frutos levam, cerca de, 42 dias para se desenvolverem num padrã£o sigmoidal que pode ser dividido em 5 estã¡dios. devido ã s estruturas ovarianas formadoras do fruto jã¡ estarem presentes na prã©-antese, esta fase de desenvolvimento da flor foi incluã­da como estã¡dio i. o estã¡dio ii ã© o mais longo (30 dias) e abrange eventos como a fecundaã§ã£o e a embriogãªnese (proembriã?es, embriã?es globulares, embriã?es nos estã¡dios cordiforme e de torpedo, atã© sua forma mirtã³ide definitiva). o estã¡dio iii marca o inã­cio do amadurecimento perceptã­vel dos frutos atravã©s da mudanã§a de coloraã§ã£o e aumento em diã¢metro. o estã¡dio iv ã© um perã­odo de 2 dias com amadurecimento pleno dos frutos e aprimoramento de padrã?es sensoriais. o estã¡dio v ã© o inã­cio da rã¡pida senescãªncia dos frutos da espã©cie. os frutos apresentam estruturas de proteã§ã£o desde a epiderme (tricomas e glã¢ndulas de ã³leo) atã© as regiã?es mais internas. para garantir a dispersã£o das sementes, a espã©cie investiu na regiã£o mediana do pericarpo, formada por tecido parenquimã¡tico rico em substã¢ncias nutritivas que garantem a recompensa para os dispersores. as sementes estã£o estruturadas de modo a proteger o embriã£o (cobertura com mucilagem e substã¢ncias oriundas das glã¢ndulas de ã³leo, reserva alimentar no eixo hipocã³tilo-radicular e na hipã³stase), mas a caracterã­stica recalcitrante e o curto perã­odo de viabilidade dificultam sua utilizaã§ã£o.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.92253

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
3,80% 9,75% 4,83% 3,42% 4,68% 3,91% 7,25% 6,38% 7,84% 4,76% 6,74% 8,74% 5,36% 7,51% 10,18% 4,86%
ODS Predominates
ODS 15
ODS 1

3,80%

ODS 2

9,75%

ODS 3

4,83%

ODS 4

3,42%

ODS 5

4,68%

ODS 6

3,91%

ODS 7

7,25%

ODS 8

6,38%

ODS 9

7,84%

ODS 10

4,76%

ODS 11

6,74%

ODS 12

8,74%

ODS 13

5,36%

ODS 14

7,51%

ODS 15

10,18%

ODS 16

4,86%