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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Comunicação e Expressão

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Econômica

Tipo do Documento: Dissertação

Título: A FLUIDEZ DE YUXIN: UMA POÉTICA DA ALMA SELVAGEM.

Orientador
  • ROSANA CASSIA KAMITA
Aluno
  • GABRIELA CRISTINA CARVALHO

Conteúdo

Ao estudar o percurso da representação do índio na literatura brasileira, percebemos que nossa tradição literária, ao abordar essa temática, sofreu influência de uma cultura estrangeira, construindo assim uma imagem do índio em que seu elemento autóctone figurou como representação de padrões e valores morais específicos e estranhos para si. diante desse cenário, o objetivo desta dissertação é partir do romance yuxin (2009), de ana miranda, para o diálogo com outras obras literárias, tendo como enfoque a linguagem, e a maneira como a autora se utilizou dela para elaborar essa narrativa. ana miranda procurou (re)criar um texto performático da cultura indígena, que, em sua poética, contenha uma dicção pessoal e única, carregada de sons, pausas e gestos para dar voz a um povo e contar uma história que questiona pontos de vista de ordem social, política e estética, como também as noções que temos daquilo que é sagrado. a narrativa propõe uma fluidez que parte já de seu título, pois o sentido semântico de yuxin não é estático, pelo contrário, escapa sempre das tentativas de torná-lo concreto, uma vez que é substância fluida, que não se deixa aprisionar. assim, também essa textualidade nos escapa se a considerarmos apenas em seus aspectos formais, pois é no nível da percepção, daquilo que é fugidio e fugaz, que yuxin encontra seu sentido. propomos, então, uma leitura sobre a poética de yuxin que promova reflexões tecidas a partir de relações entre xamanismo, perspectivismo, musicalidade e pensamento primitivo, já que essas questões se encontram imersas na narrativa e configuram seus arranjos de enunciação. partindo dessa discussão, percebemos que a questão básica subjacente ao romance pode ser compreendida como uma exclamação de alteridade. ao enunciar essa voz outra, da figura autóctone e suas relações com o espaço, o texto de ana miranda, juntamente com outras narrativas literárias que compartilham da proposta de dar voz ao outro que outrora foi calado, coopera para que se promova um questionamento do lugar de marginalização que os povos ameríndios enfrentam e as fronteiras simbólicas que lhes são impostas como herança do processo de colonização, impulsionando um deslocamento que reconfigura o imaginário coletivo. o discurso literário tem, assim, a capacidade de recriar e reinventar tanto o mito, quanto a história e a memória.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.98399

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,98% 6,07% 7,61% 6,22% 6,53% 5,38% 6,19% 7,84% 7,38% 5,46% 7,53% 5,52% 4,89% 6,73% 5,30% 6,37%
ODS Predominates
ODS 8
ODS 1

4,98%

ODS 2

6,07%

ODS 3

7,61%

ODS 4

6,22%

ODS 5

6,53%

ODS 6

5,38%

ODS 7

6,19%

ODS 8

7,84%

ODS 9

7,38%

ODS 10

5,46%

ODS 11

7,53%

ODS 12

5,52%

ODS 13

4,89%

ODS 14

6,73%

ODS 15

5,30%

ODS 16

6,37%