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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Filosofia e Ciências Humanas

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Institucional

Tipo do Documento: Dissertação

Título: "FUMAR FAZ MAL À SAÚDE": A PRÁTICA DE FUMAR COMO OBJETO DE BIOPOLÍTICAS E DE INSTRUMENTOS JURÍDICO-LEGAIS.

Orientador
  • KLEBER PRADO FILHO
Aluno
  • THAYSA ZUBEK VALENTE

Conteúdo

O uso do cigarro começou a ser tratado como problema de saúde pública, no brasil, a partir dos anos 80, por meio das produções de saber do discurso médico-sanitário, que evidenciavam os seus malefícios, e das práticas governamentais nacionais e internacionais que tratavam da questão. em decorrência disto, a prática de fumar passou a ser disciplinada e regulamentada por meio de estratégias governamentais biopolíticas, de governo da população e dos indivíduos. considerada uma prática não-saudável e de risco para a saúde do fumante e dos não-fumantes, ela foi inserida, direta e indiretamente, como objeto dos instrumentos jurídicos e institucionais brasileiros no mesmo período a fim de ser governada. no presente trabalho, é realizada uma análise histórica, a partir da perspectiva de michel foucault, dos instrumentos jurídico-institucionais (leis, decretos, resoluções e portarias) de abrangência nacional, elaborados e promulgados entre os anos de 1986 e 2012. o objetivo desta análise foi o de depreender destes instrumentos as restrições que operam sobre o uso do cigarro e acabam por configurar um processo pelo qual o problema da prática de fumar foi conduzido pelas práticas governamentais de estado. ao longo da análise, foram visualizados alguns elementos, neste conjunto de determinações legais, que operam sobre a prática de fumar, quais sejam: os agenciamentos entre o discurso jurídico e o discurso médico-sanitário, dos quais resultam as estratégias de disciplinarização e regulamentação da prática de fumar, bem como as estratégias de terapeutização e pedagogização de fumantes e de não-fumantes; os enunciados presentes em cada um destes instrumentos, que sinalizam diferentes tipos de tratamento da prática de fumar, definidos pelo exercício de saber-poder; os dispositivos biopolíticos que operam sobre esta prática, sendo eles, a norma medical, os dispositivo de segurança, de sexualidade e de guerra (correlato ao higienismo); e as práticas definidas por estas determinações legais, como as de reorganização do espaço permitido e não permitido aos fumantes e as de controle e fiscalização do uso e comercialização dos produtos fumígenos. por fim, foi considerado que a prática de fumar tem sido objeto de estratégias de governo cada vez mais restritivas que agem em função da gestão de riscos e das condutas e, portanto, do governo (médico) da saúde da população e dos indivíduos; tendo como base exercícios de poder disciplinares e biopolíticos que agem, sobretudo, através do dispositivo de segurança e demarcam a crescente criminalização da prática de fumar correlativa à medicalização da vida dos indivíduos e das populações.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 2.77672

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
1,61% 2,94% 32,70% 2,53% 2,90% 3,02% 2,29% 1,60% 1,82% 1,63% 2,78% 2,62% 1,49% 2,48% 2,00% 35,60%
ODS Predominates
ODS 16
ODS 1

1,61%

ODS 2

2,94%

ODS 3

32,70%

ODS 4

2,53%

ODS 5

2,90%

ODS 6

3,02%

ODS 7

2,29%

ODS 8

1,60%

ODS 9

1,82%

ODS 10

1,63%

ODS 11

2,78%

ODS 12

2,62%

ODS 13

1,49%

ODS 14

2,48%

ODS 15

2,00%

ODS 16

35,60%