Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Tecnológico
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Econômica
Tipo do Documento: Tese
Título: ANÁLISE TERMOGRÁFICA DE MÃOS EM TRABALHADORES DE FRIGORÍFICO EXPOSTOS AO FRIO
Ano: 2013
Orientador
- ANTONIO RENATO PEREIRA MORO
Aluno
- MARCIA ROSANGELA BUZANELLO AZEVEDO
Conteúdo
O brasil, por se tratar de um país de clima tropical, tem atividades ocupacionais em exposição ao frio restrita a poucos setores, com destaque a indústria frigorífica. neste setor uma grande porcentagem de trabalhadores tem contato manual com o produto resfriado e até mesmo congelado. a exposição à temperaturas ocupacionais frias tem sido associada com o aumento da incidência de dor músculo-esquelética e sensações de desconforto geral e localizado especialmente nas mãos/dedos. trata-se de um estudo de caráter transversal, descritivo e exploratório, que teve como objetivo principal propor o uso da termografia infravermelha no monitoramento de limites fisiológicos de temperatura das mãos/dedos e de prevenção de risco de natureza ergonômica em trabalhadores de frigorífico expostos ao frio. participaram deste estudo 200 trabalhadoras de um frigorífico situado na região sul do brasil, com faixa etária entre 18 e 54 anos (mediana de 32 anos), que executavam atividades predominantemente repetitivas, em linha de produção, com ritmo de trabalho imposto por máquinas, em ambiente de trabalho cuja temperatura era mantida artificialmente fria em torno de 10°c. para a coleta de dados utilizou-se um termógrafo infravermelho (thermacam® e320, flir) para obtenção das medidas fisiológicas de temperaturas cutâneas das mãos/dedos; uma escala analógica de sensação térmica de sete pontos (norma iso 10551), para aquisição dos dados subjetivos de sensação térmica das mãos/dedos e do corpo; o questionário nórdico para levantamento de sintomatologia osteomuscular; e, o método ocra (ocupational repetitive actions), para avaliação do risco de ocorrência de lesão por esforço repetitivo nos membros superiores. a partir dos dados obtidos e do resultado das análises verificou-se que quanto aos sintomas osteomusculares foi encontrada de uma forma geral a incidência de queixas em aproximadamente 50% do grupo avaliado, entretanto, sintomas estes considerados de baixa severidade. os dados das respostas térmicas subjetivas através da escala de sensação térmica, quando associados às temperaturas fisiológicas revelaram diferenças estatisticamente significativas a (p=0,047). da mesma forma, encontraram-se diferenças estatísticas para os valores de temperaturas encontrados para as seguintes regiões: pontas dos dedos da mão direita e esquerda (p <0,01), entre o polegar direito (dedo 1) e quinto dedo direito (dedo 5), entre o polegar direito e o quinto dedo esquerdo (dedo 6), entre o polegar direito (dedo 1) e o quarto dedo direito (dedo 4), entre o polegar direito (dedo 1) e o quarto dedo esquerdo (dedo 7), entre o polegar direito (dedo 1) e o dedo médio esquerdo (dedo 8). as temperaturas verificadas nas diversas regiões das mãos/dedos apresentaram diferenças estatisticamente significantes (p <0,01) entre os grupos usuários e não usuários de faca, localizadas na palma da mão e na região anterior do punho. indivíduos que usam faca, em geral, mostram temperaturas mais elevadas nas mãos, exceto na região da ponta dos dedos das mãos direita e esquerda. verificou-se também que a maioria dos trabalhadores apresentam temperaturas nas mãos e dedos abaixo dos limites fisiológicos, e que a proteção térmica das luvas utilizadas pelos trabalhadores é insuficiente e por isso não atendendo às exigências do trabalho. concluiu-se que a temperatura fisiológica das mãos/dedos dos trabalhadores avaliados, obtidas com auxílio da termografia infravermelha, possibilitou estabelecer padrões térmicos de referência para avaliação das condições do isolamento térmico quanto à exposição ao frio, bem como, contrastou significativamente com as respostas obtidas através da escala de sensação térmica, em relação ao conforto térmico preconizado pela ergonomia.
Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.98676
| ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 4,97% | 5,98% | 7,47% | 6,47% | 6,41% | 5,31% | 6,06% | 7,67% | 7,27% | 5,36% | 7,39% | 5,58% | 5,93% | 6,63% | 5,07% | 6,43% |
ODS Predominates
4,97%
5,98%
7,47%
6,47%
6,41%
5,31%
6,06%
7,67%
7,27%
5,36%
7,39%
5,58%
5,93%
6,63%
5,07%
6,43%