
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Tese
Título: RESILIÊNCIA E ADESÃO AO TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS EM MULHERES FLORIANÓPOLIS 2014
Ano: 2014
Orientador
- DENISE MARIA GUERREIRO VIEIRA DA SILVA
Aluno
- JULIANA CRISTINA LESSMANN
Conteúdo
O diabetes mellitus é uma doença crônica caracterizada por alterações metabólicas e endócrinas, que acometem grande número de mulheres em todo o mundo. traz necessidades de adaptação no estilo de vida, incluindo: a realização de atividade física, do controle da glicemia, o uso de medicamentos, o seguimento de um plano alimentar e a inclusão de novas práticas em saúde, que, nem sempre são incorporadas com facilidade ao cotidiano das mulheres. porém, vivenciar situações difíceis também pode conduzir ao surgimento do desejo de superação de problemas, passando a reconhecer as potencialidades e os fatores de proteção em seus contextos sóciohistórico- culturais e ambientais. assim, toma-se a resiliência, reconhecida como a capacidade de suportar, de adaptar-se e conviver de forma harmônica desenvolvida frente às situações de adversidade e/ou estresse, como uma possibilidade para o viver melhor de mulheres com diabetes mellitus. objetivo: o estudo teve como objetivo geral: compreender a resiliência como constructo teórico para a qualificação do cuidado em enfermagem e saúde e para a ampliação da adesão ao tratamento do diabetes mellitus em mulheres atendidas na atenção básica de florianópolis. método: trata-se de um estudo elaborado utilizando método misto de investigação, combinando abordagem quantitativa e qualitativa por meio da estratégia explanatória sequencial. a fase quantitativa foi do tipo observacional transversal probabilística, com amostra estratificada composta por 412 mulheres com diabetes, sendo coletados dados em domicílio entre 2009 e 2010. foram investigadas variáveis sociodemográficas, biométricas, de hábitos de vida e saúde, além da aplicação das escalas de resiliência e de estresse percebido. a análise estatística descritivas e inferenciais ocorreu com o uso da ferramenta computacional on-line sestatnet®, cujos resultados nortearam o delineamento da segunda fase do estudo. nela foi realizado estudo qualitativo utilizando a pesquisa convergente assistencial como referencial metodológico e a resiliência como referencial teórico. desenvolvida em um centro de saúde da cidade de florianópolis, brasil, entre 2011 e 2012, contemplando dez reuniões de grupo de convivência e entrevistas em profundidade pré e pós-grupo, das quais participaram nove mulheres com diabetes. as entrevistas e reuniões de grupo tiveram o áudio gravado, sendo integralmente transcritos. também foram realizadas notas de campo, memorandos teóricos e metodológicos visando ampliar o corpus da pesquisa e a densidade dos dados. a análise dos dados textuais desenvolveu-se com o uso do 12 software atlas.ti 7.1®, seguiu os pressupostos da pesquisa convergente assistencial e da a análise de conteúdo dirigida, na qual foram realizadas avaliações do conteúdo da pesquisa considerando os conhecimentos sobre resiliência, gênero e diabetes. a apreensão ocorreu com a leitura textual atenta e exaustiva, sendo que a síntese e a teorização operacionalizaram-se por meio da codificação linha por linha, seguida da aglutinação de códigos afins, elaboração de précategorias, subcategorias e categorias. esta pesquisa foi submetida ao comitê de ética em pesquisas com seres humanos da universidade federal de santa catarina, sendo aprovada sem restrições nos processos 193/2009 para a fase quantitativa e 2056/2011 para a qualitativa. resultados e discussões: foram sistematizados em três manuscritos. no primeiro, intitulado resiliência e adesão ao tratamento do diabetes mellitus em mulheres, desenvolvido com método quantitativo, foi observado que as mulheres apresentam baixa adesão ao tratamento relacionada ao seguimento do plano alimentar, realização de atividade física e monitorização da glicemia capilar. porém, verificamos que as mulheres com maiores escores de resiliência aderem melhor à prática de atividade física, apresentam maior assiduidade na realização do plano alimentar e possuem menores escores de estresse. nesse manuscrito apresentam-se argumentações sobre as variáveis e os possíveis impactos na resiliência e na adesão ao tratamento, destacando que a promoção da resiliência torna-se uma possibilidade para a melhor adesão à terapêutica do diabetes. o segundo manuscrito, intitulado influência de fatores de proteção e de risco na resiliência e na adesão ao tratamento do diabetes mellitus em mulheres, foi desenvolvido com abordagem qualitativa interpretativa. destaca que elementos positivos fortalecem a resiliência e a maior adesão ao tratamento do diabetes, assim como ampliam a percepção de satisfação consigo e com o cotidiano, favorecendo o cuidado de si, a manutenção das atividades sociais e a autonomia. já os fatores de risco, evidenciados pela desmotivação, descuidado de si, exposição à violência, à discriminação e às questões normativas de gênero, interferem negativamente na resiliência e dificultam a adesão ao tratamento. fortalecer os fatores de proteção e auxiliar na redução dos impactos negativos dos fatores de risco, visando à ampliação da resiliência, tornam-se estratégias de cuidado em enfermagem e saúde inovadoras e com grande potencial para a geração de impactos positivos na adesão ao tratamento do diabetes mellitus. o terceiro manuscrito, grupo de convivência: promovendo a resiliência para o viver melhor de mulheres com diabetes mellitus, trouxe resultados da pesquisa convergente assistencial no grupo de 13 convivência. apontou que o suporte social, a aceitação do processo de viver/ envelhecer e o conhecimento sobre a condição de saúde/doença são elementos que proporcionam o desenvolvimento da resiliência e de habilidades de cuidado de si e do diabetes, favorecendo o viver saudável e feliz. promover a resiliência, fortalecendo fatores de proteção e auxiliando na ressignificação dos fatores de risco favorece a compreensão do processo de saúde-doença, a autonomia, o desenvolvimento de habilidades de cuidado de si e do diabetes. conclusão: esse estudo evidenciou que aderir ao tratamento do diabetes é algo complexo e não está relacionado apenas ao desejo de cuidar de si, existindo fatores de risco e de proteção que se interconectam, auxiliado ou dificultando esse processo. assim, a resiliência surge como um novo pilar para a assistência em enfermagem e saúde centrada no reconhecimento das diferenças entre as mulheres em seus diversos contextos, sendo uma estratégia inovadora e com grande potencial para gerar influências positivas no cuidado integral e de qualidade.
Pós-processamento: Índice de Shannon: 0.999085
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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ODS Predominates


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