Responsive image
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências da Saúde

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: ASSOCIAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS PLASMÁTICOS HORMONAIS E O PROGNÓSTICO DE PACIENTES MASCULINOS VÍTIMAS DE TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO GRAVE

Ano: 2014

Orientador
  • ROGER WALZ
Aluno
  • ALEXANDRE HOHL

Conteúdo

Introdução: o traumatismo crânio-encefálico (tce) é a principal causa de morte e incapacidade em pessoas jovens, principalmente do sexo masculino. estudos experimentais sugerem que os níveis de diferentes tipos de hormônios possam influenciar o prognóstico de lesões do sistema nervoso central devido ao tce. a aplicabilidade clínica das dosagens hormonais como biomarcadores do prognóstico do tce é um ponto controverso na literatura. objetivos: determinar a existência ou não de associação entre os níveis plasmáticos de hormônios hipofisários e periféricos e a mortalidade hospitalar de homens vítimas de tce grave. avaliar os níveis plasmáticos de testosterona de homens na fase crônica após o tce grave e sua associação com o desempenho cognitivo, sintomas psiquiátricos e qualidade de vida destes pacientes. métodos: no estudo de fase aguda, analisamos através de regressão logística binária múltipla a associação independente entre a mortalidade e as variáveis demográficas, clínicas, radiológicas e neurocirúrgicas e medidas plasmáticas de hormônio luteinizante (lh), hormônio folículo-estimulante (fsh), hormônio de crescimento (gh), hormônio estimulante da tiroide (tsh), testosterona total, testosterona livre calculada, tiroxina (t4) livre e f ator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (igf-1) feitas em uma mediana de 10 e 30 horas após o traumatismo de 60 homens vítimas de tce grave. uma medida adicional dos níveis de hormônios do eixo gonadotrófico foi realizada em amostras coletadas 70 horas após o tce. desequilíbrios na distribuição de variáveis demográficas, neurocirúrgicas, clínicas e radiológicas foram corrigidos por meio da análise de regressão logística binária múltipla. no estudo de fase crônica avaliamos 20 homens com história de tce grave, acompanhados ambulatorialmente e investigamos: 1) os níveis plasmáticos de gonadotrofinas 1 ano após a hospitalização; 2) a associação entre os níveis plasmáticos de testosterona total destes pacientes e seu desempenho cognitivo (linguagem, memória, atenção, concentração, controle mental, raciocínio abstrato, capacidade visuo-espacial e motora), sintomas psiquiátricos (depressão, ansiedade e apatia), e de qualidade de vida através de regressão linear múltipla. resultados: a média de idade dos pacientes foi de 35 anos e a mortalidade hospitalar foi de 33%. após a regressão logística múltipla binária, o odds ratio (or) ajustado para óbito foi 4 vezes maior nos pacientes com escore na escala de coma de glasgow (ecg) de admissão menor que 5 (or ajustado = 3,9, ci 95% 1,2 – 12,0, p = 0,02) em comparação aos escores superiores. os pacientes com pupilas anormais na admissão apresentaram mortalidade 4,5 vezes maior do que pacientes com pupilas normais (or = 4,5, ci 95% 1,4 – 14,5, p = 0,01). a incidência de pelo menos uma anormalidade hormonal foi observada em 3,6 a 73,1 % dos pacientes. a testosterona total e a testosterona livre calculada diminuíram significativamente 10, 30 e 70 horas após o trauma em homens adultos vítimas de tce grave, mas não foram associadas com a mortalidade hospitalar dos pacientes. a regressão logística múltipla mostrou uma tendência de associação entre os níveis elevados o u normais de lh e a mortalidade nas amostras de 10 horas (or 3,7, ci 95% 0,8 – 16,3, p = 0,08) e 30 horas (or 3,9, ci 95% 0,9 – 16,7, p = 0,06). setenta horas após o tce grave, níveis elevados ou normais de lh apresentaram uma associação independente com a mortalidade (or 8,4, ci 95% 1,7 – 41,2, p = 0,008). pupilas anormais e escore baixo na ecg na admissão também estiveram independentemente associados com a mortalidade em ambiente hospitalar. hipogonadismo foi diagnosticado em 20% dos pacientes avaliados na fase crônica. não houve associação entre os níveis de testosterona total e sintomas psiquiátricos, cognitivos e de qualidade de vida nos pacientes avaliados 14 meses após o tce grave. conclusão: não foi encontrada associação entre os níveis de t4 livre, tsh, cortisol, fsh, testosterona total, gh e igf-1 na fase aguda do tce grave e a mortalidade hospitalar em homens adultos. níveis normais ou elevados de lh plasmático até 70 horas após o tce grave foram um marcador independente de maior mortalidade hospitalar em homens adultos. em homens adultos sobreviventes de tce grave, os níveis de testosterona plasmática 14 meses após a hospitalização não foram associados ao desempenho cognitivo, sintomas psiquiátricos e de qualidade de vida em homens adultos vítimas de tce grave na fase crônica.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 2.15961

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
2,20% 2,06% 67,58% 3,01% 3,74% 1,99% 1,98% 2,54% 2,19% 1,60% 2,38% 1,49% 1,39% 2,21% 1,73% 1,92%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

2,20%

ODS 2

2,06%

ODS 3

67,58%

ODS 4

3,01%

ODS 5

3,74%

ODS 6

1,99%

ODS 7

1,98%

ODS 8

2,54%

ODS 9

2,19%

ODS 10

1,60%

ODS 11

2,38%

ODS 12

1,49%

ODS 13

1,39%

ODS 14

2,21%

ODS 15

1,73%

ODS 16

1,92%