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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Comunicação e Expressão

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Econômica

Tipo do Documento: Tese

Título: NA ENCRUZILHADA TEM MUITOS CAMINHOS...TEORIA DESCOLONIAL E EPISTEMOLOGIA DE EXU NA CANÇÃO DE MARTINHO DA VILA.

Ano: 2014

Orientador
  • SIMONE PEREIRA SCHMIDT
Aluno
  • EDELU KAWAHALA

Conteúdo

Esta tese de doutorado teve como objetivo apresentar um estudo sobre a canção de martinho da vila. optou-se por trabalhar com as canções, mais especificamente com as letras de músicas que foram escolhidas, num primeiro momento, a partir dos eixos de análise: raça e gênero-raça e religiosidade. o que se pode perceber é de que, apesar das contradições, a obra de martinho da vila configura-se como um importante elemento de potencialização da resistência e da formação de uma identidade étnica positiva para a população negra. pode-se perceber, na sua obra, indícios de várias influências que compõem a obra, com destaque para o pan-africanismo e o lusotropicalismo. em relação ao pan-africanismo, buscou-se intersectar a obra do autor, relacionando-a com os principais representantes do pensamento negro brasileiro, com destaque para para abdias do nascimento, milton santos, muniz sodré, jurema werneck e outros. no que diz repeito ao lusotropicalismo, o olhar deu-se a partir de uma relação entre algumas letras de música e o pensamento de gilberto freyre, trabalhando não somente com o autor, mas também com os seus críticos. como fio condutor desse tecido, propõe-se um olhar a partir do que chamei de epistemologia de exu, recorrendo ao signo de exu como uma possibilidade de rompimento com as epistemologias eurocêntricas. ele é representativo do movimento da resistência negra na diáspora, signo que rompe com a razão e abre para outras possibilidades de leitura do real, do sensível. exu, assim, torna-se signo de uma epistemologia descolonial, porque recolhe os fragmentos, a contradição e joga tudo num alguidar, alquimizando e produzindo outras formas de existência. portanto, para pensar a obra de martinho da vila, é necessário colocar-se na encruzilhada, nos múltiplos caminhos, há que se pensar nas trocas culturais, mais marcadamente entre brasil e angola. o compositor transita entre o pan-africanismo utópico, o lusotropicalismo e o afrocentrismo, de maneira que foi perceptível - em alguns casos, na mesma canção - esta contradição, o que poderia fazer com que houvesse uma desqualificação da potência de sua obra. no entanto, para compreendê-lo e para compreender a cultura negra, torna-se necessário que o paradigma dualista, universal, seja transfigurado em um outro modo, ou melhor, outros modos de olhar e analisar.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.77864

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,62% 4,08% 5,45% 5,46% 15,22% 3,45% 4,79% 16,17% 4,59% 5,64% 5,21% 3,29% 3,47% 4,28% 4,27% 10,00%
ODS Predominates
ODS 8
ODS 1

4,62%

ODS 2

4,08%

ODS 3

5,45%

ODS 4

5,46%

ODS 5

15,22%

ODS 6

3,45%

ODS 7

4,79%

ODS 8

16,17%

ODS 9

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ODS 10

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ODS 11

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ODS 12

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ODS 13

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ODS 16

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