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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências Biológicas

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Farmacologia

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Dissertação

Título: A INOSINA PREVINE ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS E BIOQUÍMICAS INDUZIDAS PELO METILMERCÚRIO EM CAMUNDONGOS

Ano: 2014

Orientador
  • THEREZA CHRISTINA MONTEIRO DE LIMA
Aluno
  • SERGIO JOSE MACEDO JUNIOR

Conteúdo

Introdução: o metilmercúrio (mehg) tem sido especulado como contaminante ambiental envolvido em efeitos tóxicos em modelos animais e seres humanos. o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito protetor da inosina, uma purina endógena, diante dos efeitos promovidos pelo mehg em camundongos. métodos: foram utilizados camundongos swiss machos adultos (45 – 60 dias). os animais foram expostos a uma solução de mehg (40 mg/l) diluída na água de beber, durante 15 dias. a ingestão de líquidos foi monitorada diariamente. concomitantemente, os animais foram tratados com inosina pela via intraperitoneal (i.p.), em doses de 3, 10, 30 ou 100 mg/kg, uma vez por dia, durante 15 dias consecutivos. no 15º dia, os animais foram submetidos a diferentes testes comportamentais, a fim de avaliar o desempenho motor e coordenação motora (teste da barra giratória, teste da retração dos membros posteriores, teste da caminhada na viga e teste do poste), cada animal foi usado em apenas um teste. após os testes comportamentais, os animais foram eutanaziados por decapitação e o cerebelo foi coletado para a determinação subsequente dos níveis de citocinas pró-inflamatórias (il-1β, tnf-α e il-6), anti-inflamatória (il-1ra) e bdnf, por elisa, bem como para determinação da atividade da glutationa peroxidase e glutationa redutase. em outro conjunto de experimentos, os animais foram tratados pela via i.p. com inosina (10 mg/kg) ou uma mistura de inosina (10 mg/kg) e cafeína (3 mg/kg, antagonista não-seletivo de receptores para adenosina), uma vez ao dia durante 15 dias consecutivos, visando investigar o possível envolvimento de receptores de adenosina nos efeitos promovidos pela inosina. vinte e quatro horas após a última injeção, os animais foram submetidos ao teste da barra giratória e testados frente à manifestação e o grau de retração dos membros posteriores. o efeito da inosina também foi investigado diante dos efeitos hepatotóxicos (atividade sérica de alt e ast) e genotóxicos (ensaio do micronúcleo) do mehg, bem como diante das alteraçoes nos níveis séricos de lipídeos (colesterol total, hdl e não-hdl) induzidos pelo mehg. resultados: o consumo de líquidos não diferiu entre os grupos avaliados. a inosina (10 mg/kg, i.p.) preveniu parcialmente os efeitos deletérios do mehg em relação ao desempenho motor no teste da barra giratória, no grau de retração dos membros posteriores e no teste da caminhada na viga. no entanto, a inosina não foi capaz de prevenir os efeitos deletérios do mehg, observados no teste do poste. a co-administração de inosina (10 mg/kg,i.p.) com cafeína (3 mg/kg, i.p.) reverteu totalmente o efeito protetor da inosina no teste da barra giratória e parcialmente no grau de retração dos membros posteriores. inosina (10mg/kg, i.p.) foi capaz de previnir a redução nos níveis de il-6 e o aumento nos níveis de bdnf induzidos pelo mehg no cerebelo. mehg (40 mg/l) reduziu a atividade cerebelar da glutationa peroxidase, a qual não foi prevenida pelo tratamento com inosina, mas não afetou a atividade cerebelar da glutationa redutase, quando comparado com o grupo não-exposto. animais expostos ao mehg apresentaram níveis cerebelares de hg total mais elevados, quando comparados com animais não-expostos, o tratamento com inosina (10 mg/kg, i.p.) não preveniu o aumento nos níveis cerebelares de hg total induzido pela exposição ao mehg. além disso, a inosina (10 mg/kg, i.p.) preveniu a redução na atividade sérica da alt induzida pelo mehg. com relação aos níveis séricos de lipídeos, a inosina (10 mg/kg, i.p.) não foi capaz de prevenir o aumento dos níveis de colesterol total induzido pelo mehg, no entanto, previniu o aumento dos níveis de colesterol não-hdl e promoveu um aumento nos níveis de colesterol hdl, quando comparado com animais expostos ao mehg tratados com veículo (10 ml/kg, i.p.). finalmente, a inosina foi capaz de prevenir o efeito genotóxico do mehg, observado no ensaio do micronúcleo em cultura primária de linfócitos humanos, reduzindo o número de células binucleadas micronucleadas quando comparado com o grupo exposto ao mehg tratado com veículo (10 ml/kg, i.p.). conclusões: em conjunto, os resultados do presente estudo sugerem que a inosina apresenta efeito protetor diante das alterações comportamentais (desempenho motor e coordenação) e bioquímicas no sistema nervoso central induzidas pela exposição ao mehg. além disso, esses efeitos parecem ser mediados por receptores de adenosina. a inosina também apresenta efeito protetor contra os efeitos hepatotóxicos e genotóxicos do mehg, bem como sobre as alterações nos níveis séricos de lipídeos induzidos pelo mehg. em síntese, nossos dados demonstram que a inosina foi capaz de prevenir as alterações comportamentais e bioquímicas induzidas pelo mehg, além disso, contribuem para um melhor entendimento dos mecanismos envolvidos na toxicidade do mehg.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.95952

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
5,07% 5,63% 10,04% 6,77% 4,57% 6,77% 5,33% 5,56% 7,34% 5,66% 7,06% 9,21% 4,39% 6,24% 5,12% 5,24%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

5,07%

ODS 2

5,63%

ODS 3

10,04%

ODS 4

6,77%

ODS 5

4,57%

ODS 6

6,77%

ODS 7

5,33%

ODS 8

5,56%

ODS 9

7,34%

ODS 10

5,66%

ODS 11

7,06%

ODS 12

9,21%

ODS 13

4,39%

ODS 14

6,24%

ODS 15

5,12%

ODS 16

5,24%