O desenvolvimento da vitivinicultura em regiões de altitude do estado de santa catarina é uma proposta para produção de uvas vitis vinifera l. e elaboração de vinhos de qualidade. as condições climáticas encontradas nestas regiões são adequadas ao desenvolvimento da vitivinicultura, e devido a isto, pesquisas são realizadas buscando a investigação de novas variedades que melhor se adaptam a estas regiões. o objetivo deste estudo foi caracterizar as condições climáticas das regiões de marari, água doce, campos novos e são joaquim, sc, durante o desenvolvimento fenológico da videira variedade syrah, ciclos 2010/2011 (safra 2011) e 2011/2012 (safra 2012), e caracterizar os vinhos elaborados com esta variedade de uva, bem como caracterizar os vinhos elaborados com as variedades ancellotta, teroldego, rebo, nebbiolo e barbera cultivadas na região de campos novos. os dados climáticos de temperatura máxima, mínima e média do ar, precipitação pluviométrica, amplitude térmica e umidade relativa do ar foram obtidos através de estações meteorológicas da epagri/ciram. os estádios fenológicos estudados foram à brotação, floração, maturação e maturação completa (colheita). os vinhos foram caracterizados quanto aos parâmetros enológicos clássicos, composição fenólica e atividade antioxidante in vitro, utilizando técnicas espectrofotométricas e cromatografia líquida de alta eficiência. os resultados mostram que as condições climáticas das regiões de cultivo influenciaram a extensão fenológica e o somatório térmico da videira variedade syrah. de acordo com o índice de winkler, a região de são joaquim foi classificada como “região i” de clima frio, marari e água doce como “região ii” de clima moderadamente frio, e campos novos como “região iii” de clima ameno. as condições climáticas registradas durante o período estudado indicaram ser favoráveis à adaptação da videira variedade syrah cultivada nas regiões de marari, água doce e campos novos. a ocorrência do fenômeno el niño e os maiores índices pluviométricos registrados durante os períodos estudados podem justificar os resultados observados para os vinhos elaborados com uvas cultivadas na região de são joaquim. os vinhos syrah apresentaram as características diferenciadas de acordo com a região e safra de cultivo, destacando os vinhos ad safra 2011 e os vinhos cn e ad safra 2012 que apresentaram os maiores teores de compostos fenólicos e atividade antioxidante in vitro. os vinhos das variedades ancellotta, teroldego, rebo, nebbiolo e barbera apresentaram características particulares de acordo com as variedades de uvas e safras de cultivo nas condições climáticas da região de campos novos. os vinhos ancellotta, teroldego e rebo apresentaram maiores concentrações de compostos fenólicos e atividade antioxidante in vitro. o vinho nebbiolo apresentou menor teor de antocianinas quando comparado aos demais vinhos, esta variedade é muito suseptível as mudanças climáticas e de solo, sendo que os índices de chuvas registrados podem ter afetado seu desenvolvimento. em geral, correlações positivas entre a atividade antioxidante in vitro e os compostos fenólicos quantificados foram observadas para todos os vinhos estudados. as análises de componentes principais confirmaram que a composição fenólica dos vinhos está diretamente relacionada com a variedade de uva, região e safra de cultivo, indicando que estes fatores influenciaram diretamente as características e a qualidade dos vinhos.