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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Filosofia e Ciências Humanas

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Econômica

Tipo do Documento: Dissertação

Título: TRABALHO E TEMPORALIDADES: SENTIDOS PRODUZIDOS POR PETROLEIROS/AS OFFSHORE.

Orientador
  • MARIA CHALFIN COUTINHO
Aluno
  • TIELLY ROSADO MADERS

Conteúdo

Tendo como base teórico-epistemológica o construcionismo social, esta pesquisa teve como objetivo compreender quais os sentidos sobre tempo livre produzidos por trabalhadores/as offshore em seu cotidiano de trabalho. os/as trabalhadores/as offshore realizam suas atividades em alto mar e atuam em regime de trabalho distinto da maior parte da população, sendo quatorze dias embarcados/as em plataformas de petróleo e quatorze ou vinte e um dias em folga na terra. a pesquisa foi realizada a partir da abordagem qualitativa e como principal fonte de informação realizei entrevistas com trabalhadores/as da bacia de campos. visando alcançar o objetivo da pesquisa, o caminho percorrido iniciou-se com observações de cunho etnográfico na cidade de macaé – rio de janeiro, registradas em diário de campo. posteriormente, foram realizadas entrevistas compreensivas com dezessete sujeitos, sendo utilizadas seis para realizar a análise em profundidade e as demais utilizadas como informações complementares. as análises foram efetuadas a partir das narrativas dos/as trabalhadores/as offshore e as informações levantadas foram organizadas em categorias temáticas, seguidas da articulação com a literatura. foi possível consolidar dois eixos de análise: os tempos lá, compreendendo a vida dos/as trabalhadores/as quando estão embarcados/as nas plataformas de petróleo e, os tempos cá, abarcando os aspectos que compreendem suas vidas em terra. como resultados, observei que ao continuarem embarcados após o expediente de trabalho, por um longe período de tempo, os/as trabalhadores/as intensificam as vivências do tempo de trabalho e acabam por não dissociar o tempo de trabalho do tempo liberado do trabalho. as narrativas revelam um sentido de tempo livre como tempo destinado à reposição de forças e ao repouso. os tempos vividos em terra também revelam os mesmos sentidos, mas, além disso, aparecem como um tempo de recuperação do tempo “perdido” durante o período de embarque, o tempo que passaram longe da família, amigos/as e da vida social como um todo. dessa forma, o tempo de trabalho se estende e invade não só o tempo liberado do trabalho nas plataformas, mas até mesmo os tempos de estar em folga na terra. as experiências temporais vivenciadas pelos/as trabalhadores/as offshore são pautadas na produção e reiteram o quanto os tempos sociais contemporâneos se configuram como objetivação econômica e como forma social de dominação.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.87329

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
6,23% 6,20% 4,12% 4,17% 8,28% 3,61% 4,58% 15,36% 4,33% 5,32% 9,39% 4,08% 4,01% 7,21% 6,18% 6,92%
ODS Predominates
ODS 8
ODS 1

6,23%

ODS 2

6,20%

ODS 3

4,12%

ODS 4

4,17%

ODS 5

8,28%

ODS 6

3,61%

ODS 7

4,58%

ODS 8

15,36%

ODS 9

4,33%

ODS 10

5,32%

ODS 11

9,39%

ODS 12

4,08%

ODS 13

4,01%

ODS 14

7,21%

ODS 15

6,18%

ODS 16

6,92%