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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Filosofia e Ciências Humanas

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Dissertação

Título: ENTRE GRADES E CADEADOS: A CONDIÇÃO PSICOSSOCIAL DO AGENTE PENITENCIÁRIO EM EXERCÍCIO NA MESORREGIÃO DA GRANDE FLORIANÓPOLIS

Ano: 2014

Orientador
  • LUCIENNE MARTINS BORGES
Aluno
  • LETICIA SCARTAZZINI

Conteúdo

O sistema prisional brasileiro atravessa uma crise histórica, considerando sua baixa competência em cumprir com seu ideal: reintegrar o sujeito que cometeu um ato julgado como legalmente desviante. neste sistema encontra-se o agente penitenciário que ocupa o espaço hierárquico entre a direção das instituições prisionais e seus detentos. o cotidiano de um agente penitenciário envolve situações interacionais peculiares em um ambiente permeado pela violência. neste sentido, esta pesquisa objetivou investigar a condição psicossocial do agente penitenciário em exercício na mesorregião da grande florianópolis. para tal, foram entrevistados quinze agentes penitenciários de duas instituições prisionais, uma de mínima segurança e uma de máxima segurança. a coleta dos dados se deu a partir dos instrumentos whoqol-100 e sqr (srq-a e srq-20) e de uma entrevista semiestruturada.. os resultados apontam para os fatores de risco no tocante à instituição - as relações institucionais, hierárquicas e condição física da unidade prisional; fatores de risco relacionados ao cotidiano - aquisição de comportamentos, salário, estigmas e opinião de familiares e amigos e por fim, os fatores de risco vinculados à violência - rebeliões de presos, morte e danos a integridade física. tratando-se dos fatores de proteção, os resultados mostram fatores institucionais - capacitação profissional, relacionamento interpessoal com colegas, forma de relacionar-se com presos e rotina, referindo-se ao tempo de carreira. aos fatores de proteção de âmbito social, apontam-se o histórico de familiar ou amigo na carreira, a reação familiar positiva à carreira pública e a estabilidade profissional. o cuidado com a saúde e a moral surgem nos resultados como fatores de proteção de caráter subjetivo. acerca das formas de enfrentamento, destaca-se as evitativas - não declarar a proteção, portar arma de fogo e evitar lugares e situações; também as de distração - atividades para se desligar da profissão, como o lazer e as práticas religiosas e, por fim, as previdentes - julgar ambientes e pessoas e considerar deixar a profissão. o sistema prisional expõe todos à vulnerabilidade: presos, agentes penitenciários e a sociedade. esta sociedade frequentemente nega a existência deste sistema, o invisibiliza. o agente penitenciário surge como um coadjuvante, secundariamente citado em pesquisas cientificas e estigmatizado socialmente. os resultados dessa pesquisa indicam que pertencer a esta profissão constitui um fator de risco, gerador de impactos em todos os âmbitos de sua condição psicossocial.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.66596

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
7,84% 4,06% 16,01% 4,53% 8,02% 3,15% 2,86% 15,43% 2,91% 11,15% 3,31% 2,12% 2,86% 2,82% 2,82% 10,11%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

7,84%

ODS 2

4,06%

ODS 3

16,01%

ODS 4

4,53%

ODS 5

8,02%

ODS 6

3,15%

ODS 7

2,86%

ODS 8

15,43%

ODS 9

2,91%

ODS 10

11,15%

ODS 11

3,31%

ODS 12

2,12%

ODS 13

2,86%

ODS 14

2,82%

ODS 15

2,82%

ODS 16

10,11%