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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Filosofia e Ciências Humanas

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Econômica

Tipo do Documento: Tese

Título: DOS SERTÕES DA AFRICA PARA OS DO BRASIL: OS AFRICANOS LIVRES DA SOCIEDADE DE MINERAÇÃO DE MATO GROSSO ( ALTO PARAGUAI-DIAMANTINO, 1851-1865)

Orientador
  • BEATRIZ GALLOTTI MAMIGONIAN
Aluno
  • ZILDA ALVES DE MOURA

Conteúdo

No brasil do século xix, “africano livre” era o termo que designavam os africanos resgatados de navios negreiros apreendidos durante a campanha de repressão ao comércio de cativos. apesar de estabelecida nas leis de 1831 e de 1850 de proibição do tráfico, a reexportação desses africanos para áfrica nunca aconteceu e eles foram mantidos no império brasileiro. todo africano apreendido no tráfico ilegal era juridicamente livre, mas ficava submetido à tutela do estado que o disponibilizava tanto para executar trabalhos públicos como para atividades a serviço de pessoas particulares. após 1850, houve uma mudança na política de distribuição dos africanos livres para o serviço compulsório, e eles não poderiam ser distribuídos entre particulares. a maioria foi, assim, distribuída entre instituições públicas e governos provinciais. houve, no entanto, concessões a companhias privadas de interesse público como a companhia de navegação a vapor do amazonas, do barão de mauá, e a sociedade de mineração de mato grosso. esta tese analisa as experiências dos africanos livres que foram cedidos à sociedade de mineração de mato grosso em 1851 a partir da análise de documentação manuscrita produzida pela sociedade de mineração de mato grosso sobre os africanos livres, arquivada no arquivo público de mato grosso  correspondências expedidas e recebidas entre representantes do ministério dos negócios da justiça do império e presidentes da província de mato grosso e entre estes e os guardas dos africanos livres da sociedade, delegados, juízes de paz e representantes da elite política da província. a pesquisa sobre a criação da sociedade de mineração de mato grosso explorou a fundação dessa sociedade, os termos para a concessão dos terrenos mineratórios, os principais diretores e ainda a contrapartida da empresa que deveria promover construção de estrada entre o mato grosso e o pará e ainda a assimilação dos indígenas nos locais a serem explorados. a análise acompanhou os africanos livres no desenvolvimento dos trabalhos designados a eles, ou seja, na exploração dos aluviões auríferos, de diamante, na produção e colheita de alimentos, em abertura de caminhos em mata fechada, extração da poaia (planta medicinal), entre outros. além das experiências relacionadas aos trabalhos descritos, a tese discute a relação desse grupo de africanos livres com outros trabalhadores, com pessoas da comunidade local através de apadrinhamento de seus filhos e a organização desses trabalhadores diante da violência, como em motins, fugas, insubordinação, assim como a emancipação definitiva que ocorreu em 1865. com o propósito de promover o desenvolvimento e progresso pelo país, o governo imperial brasileiro apoiou e incentivou as nascentes companhias e sociedades privadas mantendo conjuntamente atividades comerciais, algumas relacionadas à agricultura, mineração, navegação, ferroviária, melhoramentos urbanos, etc. no caso da sociedade de mineração de mato grosso, ele concedeu a mão de obra de cem africanos livres. assim como outros trabalhadores compulsórios, como os indígenas, mestiços e pobres livres, o governo imperial disponibilizou a força de trabalho dos africanos livres para empreendimentos de desenvolvimento capitalista no império. o modo como foi implementado esse processo é explorado a partir das experiências dos africanos livres cedidos para essa sociedade.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.80748

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
5,69% 7,88% 3,65% 2,95% 4,63% 3,52% 4,61% 6,38% 9,44% 5,11% 16,88% 5,39% 3,77% 2,86% 6,23% 11,02%
ODS Predominates
ODS 11
ODS 1

5,69%

ODS 2

7,88%

ODS 3

3,65%

ODS 4

2,95%

ODS 5

4,63%

ODS 6

3,52%

ODS 7

4,61%

ODS 8

6,38%

ODS 9

9,44%

ODS 10

5,11%

ODS 11

16,88%

ODS 12

5,39%

ODS 13

3,77%

ODS 14

2,86%

ODS 15

6,23%

ODS 16

11,02%