
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Nutrição
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Social
Tipo do Documento: Dissertação
Título: ALEITAMENTO MATERNO, ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR E GORDURA CORPORAL: UM ESTUDO DE ASSOCIAÇÃO COM ESCOLARES DE FLORIANÓPOLIS, SC.
Orientador
- FRANCISCO DE ASSIS GUEDES DE VASCONCELOS
Aluno
- PRISCILA SCHRAMM GONSALEZ
Conteúdo
O objetivo do estudo foi analisar a associação entre a duração do aleitamento materno exclusivo (ame), a idade de introdução da alimentação complementar (ac) com a gordura corporal em escolares de florianópolis, sc. métodos: estudo transversal com amostra probabilística de 1.531 escolares de 7 a 10 anos da rede de ensino fundamental pública e particular de florianópolis. foram coletadas medidas antropométricas diretas dos escolares e os dados referentes ao ame, introdução da ac e demais variáveis (peso ao nascer, idade gestacional de nascimento; índice de massa corporal, idade e escolaridade materna e renda familiar) foram obtidas por meio de questionário enviado aos pais ou responsáveis. para as análises realizadas utilizou-se o software stata 11.0. inicialmente foi realizada a análise descritiva da amostra. para verificar as associações entre a variável dependente (gordura corporal) e cada variável independente foi utilizado o teste de qui-quadrado de heterogeneidade. as variáveis com p<0,20 na análise bivariada foram selecionadas para entrarem na análise multivariável, realizada por meio da regressão de poisson usando backward selection conforme modelo de análise. o comando svy foi usado como procedimento de ajuste para considerar o efeito de amostragem nas análises. os resultados foram apresentados pelas razões de prevalência e respectivos intervalos de confiança de 95%. o critério de permanência das variáveis no modelo final foi p<0,05. resultados: em relação ao ame, a maior parte da amostra (36,6%) foi amamentada pelo período variando de 1 mês até os 3 meses de idade. o percentual de escolares que nunca receberam ame/receberam por menos de 1 mês foi de 27,5%, e a prevalência dos que foram amamentados exclusivamente por 4 a 6 meses foi 30,6 %. a média de idade das mães dos escolares foi 36,4 anos. em relação à escolaridade, a maior parte tinha o ensino superior em andamento/completo/ (42,2%). quanto às variáveis de nascimento, a maior parte dos escolares teve peso adequado ao nascer (91,4%) e não eram prematuros (82,9%). na introdução da alimentação complementar, a maior parte dos escolares receberam leite de vaca (43,5%) e sucos de frutas (50,9%) antes dos 6 meses de idade. na maiorparte da amostra avaliada, as frutas (48,8%), legumes (59,6%), cereais (68,3%), leguminosas (75,3%) e carnes (66,2%) foram introduzidas após os 6 meses. os alimentos não saudáveis foram introduzidos após os 12 meses de vida da criança em 75,5% da população avaliada. água e/ou chá foram os alimentos mais precocemente introduzidos para as crianças (66,3%). a prevalência de excesso de gordura corporal foi maior entre os escolares que receberam ame por 6 meses ou mais em comparação aos amamentados por 4-6 meses. na análise multivariada após regressão de poisson para ajuste das variáveis de controle, a prevalência de excesso de gordura corporal foi 112% maior (rp=2,12; ic95%:1,41;3,20) entre os que haviam recebido ame por 6 meses ou mais, sendo esta associação estatisticamente significativa (p=0,001). a prevalência de excesso de gordura corporal foi maior entre as meninas que foram introduzidas aos cereais antes dos 6 meses de vida em comparação as que receberam após os 12 meses de idade. na análise bruta, no sexo feminino, ter recebido cereais após os 12 meses foi protetor para o excesso de gordura corporal (rp=0,54 ic95%0,33; 0,87), sendo esta diferença significativa (p=0,045). na análise multivariada após regressão de poisson para ajuste das variáveis de controle, a prevalência de excesso de gordura corporal foi 49% menor (rp=0,51; ic95%:0,30; 0,87) entre as que haviam recebido cereais após os 12 meses ou mais, mantendo-se a significância encontrada na análise bivariada (p=0,024). nos meninos tal associação não foi encontrada para a mesma categoria de alimentos. para água/chás, leite de vaca, sucos de frutas, frutas, legumes, leguminosas, carnes e alimentos não saudáveis, tanto nas análises bivariadas quando nas multivariadas, não foram encontradas diferenças significativas entre a sua introdução e maior risco para o excesso de gordura corporal. conclusão: o ame foi associado com o excesso de gordura corporal nas análises brutas e ajustadas. a introdução de cereais após os 12 meses constituiu fator de proteção para o excesso de gordura corporal nas meninas de 7-10 anos de idade quando estas foram comparadas às meninas introduzidas precocemente a estes alimentos. considerando-se o acúmulo de evidências sobre o tema, a prática de ame e a introdução adequada da alimentação complementar devem continuar sendo incentivadas.
Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.91142
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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5,49% | 9,81% | 11,48% | 9,38% | 6,86% | 7,21% | 4,22% | 7,17% | 4,98% | 5,82% | 5,71% | 3,66% | 3,12% | 4,87% | 4,40% | 5,83% |
ODS Predominates


5,49%

9,81%

11,48%

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6,86%

7,21%

4,22%

7,17%

4,98%

5,82%

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5,83%