
Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado
Centro: Tecnológico
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Dimensão Institucional: Pós-Graduação
Dimensão ODS: Ambiental
Tipo do Documento: Dissertação
Título: AVALIAÇÃO DE UM BANHEIRO SECO COM VASO SEGREGADOR EM FLORIANÓPOLIS, SC
Ano: 2015
Orientador
- LUIZ SERGIO PHILIPPI
Aluno
- RICHARD EILERS SMITH
Conteúdo
Sendo a água um recurso natural cada vez mais escasso, há a necessidade do desenvolvimento de tecnologias que possam contribuir com sua conservação para um uso sustentável. este trabalho buscou avaliar um banheiro seco com vaso segregador (bsvs) a partir de critérios técnico-científicos, sendo esta avaliação realizada através de dois experimentos principais. o primeiro experimento foi um diagnóstico comparativo, realizado com 14 banheiros secos no brasil. foram levantados aspectos da construção, operação e da percepção ambiental dos usuários. entre os resultados, destaca-se que a maior dificuldade dos usuários de banheiros secos é o controle dos insetos, seguido pela falta de confiança no tratamento e aceitação da tecnologia. a maior motivação para o uso é ambiental e ecológica e o tratamento mais utilizado é a compostagem. o segundo experimento consistiu no monitoramento de um processo de tratamento de fezes em um bsvs implantado. o tratamento proposto foi realizado com o uso de um vaso segregador que separa as fezes da urina, tratando as excretas separadamente. após cada defecação foi colocado um material em pó sobre as fezes, chamado de aditivo. a composição do aditivo utilizado foi calcário agrícola (ca), cinzas (cz) e pequena quantidade de ureia (u) na proporção (ca:cz:u) 1:1:00,2. a quantidade de aditivo testada foi de 300 g ou 420 ml (sobre as fezes a cada defecação), o que corresponde a 150 % com relação à massa úmida das fezes. foram avaliados parâmetros físico-químicos (ph, sólidos totais, fixos e voláteis, concentrações do carbono orgânico e frações nitrogenadas), microbiológicos (salmonella sp., enterecoccus faecalis, coliformes totais, escherichia coli, colifagos somáticos, bacteriófagos rna macho-específicos e adenovírus humano tipo 2 hadv) e também sua composição para o reúso. os resultados confirmaram a eficiência do tratamento com este aditivo por meio da secagem das fezes, elevação do ph, a hidrólise da ureia, aumento da porcentagem de sólidos fixos e também a redução dos 7 microorganismos analisados, sendo os bacteriófagos (colifagos somáticos e rna macho-específicos) os que apresentaram a maior resistência ao tratamento. o tempo de redução de 1 unidade logarítmica (t90) foi de 5,6 dias para os coliformes totais, 7,9 dias para escherichia coli, 11,3 dias para enterococcus faecalis, 13,1 dias para o adenovírus humano tipo 2, 17,3 dias para o bacteriófago rna macho-específico e 34,8 dias para os colifagos somáticos. com relação ao reúso, do ponto de vista sanitário, as excretas atendem 100 % das exigências da resolução conama 375/2006 para o lodo classificado como tipo a. segundo os parâmetros da instrução normativa mapa 25/2009, as fezes tratadas atendem a maior parte dos critérios definidos para o uso como adubo, sendo viável o uso não comercial. a partir dos resultados foi proposto um tempo de 3 a 4 meses para o tratamento das fezes com este aditivo, fechados no recipiente de armazenamento (bombona), variando conforme a exigência de tratamento do uso previsto: 3 meses para usos menos exigentes, como a recuperação de áreas degradadas, paisagismo ou culturas arbóreas (fruticultura e silvicultura) e 4 meses para usos mais exigentes como a agricultura de alimentos de consumo cru. a urina, conforme pesquisas anteriores, necessita de 6 meses em recipiente fechado para garantir um uso seguro. esta pesquisa confirmou o potencial do banheiro seco com vaso segregador implantado e monitorado em situação real, comprovando a eficiência do tratamento das fezes, a possibilidade de um reúso seguro das excretas tratadas e contribuindo assim para a conservação dos recursos hídricos e para a fertilidade dos solos.
Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.5383
ODS 1 | ODS 2 | ODS 3 | ODS 4 | ODS 5 | ODS 6 | ODS 7 | ODS 8 | ODS 9 | ODS 10 | ODS 11 | ODS 12 | ODS 13 | ODS 14 | ODS 15 | ODS 16 |
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2,26% | 8,05% | 9,25% | 2,39% | 2,75% | 20,63% | 4,36% | 1,83% | 3,65% | 2,22% | 3,27% | 18,70% | 3,30% | 5,39% | 9,07% | 2,87% |
ODS Predominates


2,26%

8,05%

9,25%

2,39%

2,75%

20,63%

4,36%

1,83%

3,65%

2,22%

3,27%

18,70%

3,30%

5,39%

9,07%

2,87%