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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Ciências Biológicas

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Neurociências

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Social

Tipo do Documento: Tese

Título: ALTERAÇÕES NEUROQUÍMICAS E COMPORTAMENTAIS EM RESPOSTA À EXPOSIÇ?O PERINATAL AO MANGANÊS EM RATOS E CAENORHABDITIS ELEGANS

Ano: 2015

Orientador
  • RODRIGO BAINY LEAL
Aluno
  • TANARA VIEIRA PERES

Conteúdo

A contaminação ambiental por metais é um fator de risco para a saúde pública, sendo o sistema nervoso central (snc) um dos alvos destes agentes tóxicos. durante o desenvolvimento do snc em humanos, esta exposição pode estar relacionada a transtornos de aparecimento tardio. o manganês (mn) é um metal essencial, porém em excesso pode causar uma síndrome semelhante à doença de parkinson, chamada manganismo. este estudo teve por objetivo investigar se a exposição perinatal ao mn durante um período específico do desenvolvimento altera parâmetros neuroquímicos e comportamentais de forma persistente. para isso foram utilizados ratos wistar machos neonatos e o verme nematódeo caenorhabditis elegans no estágio larval l1. os ratos foram expostos a solução salina (controle) ou mnci2 via intraperitoneal (5, 10 ou 20 mg/kg/dia) do dia pós-natal (pnd) 8 ao 12. os testes comportamentais foram realizados no pnd 60-65. os ratos apresentaram prejuízo motor avaliado no teste do rotarod. a memória de curto prazo foi prejudicada, avaliada nos testes de reconhecimento de objeto e reconhecimento social. a discriminação olfatória não foi alterada pelo mn. a análise bioquímica foi realizada no estriado e no hipocampo no pnd 14 e 70. no pnd 14 o tratamento com mn induziu aumento da atividade de catalase no estriado e de glutationa peroxidase (gpx) no hipocampo. foi observado também aumento dos níveis de tirosina hidroxilase (th) no estriado no pnd 14. na fase adulta observamos redução dos níveis de tiois não-proteicos (npsh) e aumento dos níveis de proteína glial fibrilar ácida (gfap) no estriado e aumento da atividade de catalase e de gpx no hipocampo no pnd 70. o tratamento com mn causou redução dos níveis de th estriatal no pnd 70 com elevação da fosforilação na ser31, sugerindo uma ativação compensatória da enzima em resposta à redução de seu conteúdo. para investigar vias de sinalização que podem participar da toxicidade do mn foram utilizados c. elegans selvagens (n2) e mutantes com perda de função para proteínas das vias mapks e akt. os vermes foram expostos ao mn por 1 h na fase larval l1 utilizando concentrações de 2,5 a 100 mm mn. as cepas com perda de função em akt-1, akt-2 e sgk- 1 apresentaram maior resistência ao mn em comparação com o n2 no teste de viabilidade. esta resistência pode estar relacionada com a resposta antioxidante. os vermes n2 apresentaram queda dos níveis de gsh frente à exposição ao mn, o que não ocorreu nos mutantes para proteínas da via akt. a exposição ao mn induziu aumento da expressão do gene que codifica o fator de transcrição skn-1 nos mutantes akt-2 e a enzima antioxidante gcs-1 nos mutantes akt-1. notavelmente, a expressão de sod-3 encontrava-se aumentada nos vermes akt-1 independente do tratamento com mn. porém os neurônios dopaminérgicos foram degenerados de forma semelhante nos vermes n2 e mutantes, avaliados pelo teste comportamental basal slowing e utilizando vermes que expressam proteína verde fluorescente (gfp) nos neurônios dopaminérgicos. estes resultados sugerem que a via de sinalização da akt participa da toxicidade induzida pelo mn sobre c. elegans devido ao seu papel de antagonizar os fatores de transcrição skn-1 e daf-16, que são importantes para a produção de enzimas antioxidantes nos vermes. entretanto, este efeito não está presente nos neurônios dopaminérgicos. este estudo documenta que a exposição aguda ao mn durante um período crítico do desenvolvimento neural induz disfunções cognitivas e motoras que duram até a idade adulta em ratos. estas disfunções foram acompanhadas por alterações no sistema de defesa antioxidante, tanto no hipocampo quanto no estriado e alteração no conteúdo e fosforilação de th. este estudo demonstra a importância das vias de sinalização intracelular para a resposta antioxidante induzida pelo metal e caracteriza akt como um importante ponto de investigação dentro dos mecanismos de toxicidade induzida pelo mn.

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.9502

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
4,92% 7,12% 12,71% 5,50% 4,84% 5,62% 5,64% 6,20% 6,02% 5,45% 6,67% 5,58% 5,40% 6,46% 4,84% 7,03%
ODS Predominates
ODS 3
ODS 1

4,92%

ODS 2

7,12%

ODS 3

12,71%

ODS 4

5,50%

ODS 5

4,84%

ODS 6

5,62%

ODS 7

5,64%

ODS 8

6,20%

ODS 9

6,02%

ODS 10

5,45%

ODS 11

6,67%

ODS 12

5,58%

ODS 13

5,40%

ODS 14

6,46%

ODS 15

4,84%

ODS 16

7,03%