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Universidade Federal de Santa catarina (UFSC)
Programa de Pós-graduação em Engenharia, Gestão e Mídia do Conhecimento (PPGEGC)
Detalhes do Documento Analisado

Centro: Comunicação e Expressão

Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Linguística

Dimensão Institucional: Pós-Graduação

Dimensão ODS: Institucional

Tipo do Documento: Tese

Título: FORÇA E EVIDÊNCIA: UMA ANÁLISE TEÓRICO-EXPERIMENTAL DA SEMÂNTICA DE 'PODE', 'DEVE' E 'TEM QUE'

Ano: 2015

Orientador
  • ROBERTA PIRES DE OLIVEIRA
Aluno
  • ANA LUCIA PESSOTTO DOS SANTOS

Conteúdo

Esta tese descreve um estudo teórico-experimental sobre o significado dos verbos ‘pode’, ‘deve’ e ‘tem que’. a análise foi feita a partir dos resultados de três questionários online com os quais foi coletado o julgamento intuitivo de falantes nativos do português brasileiro sobre sentenças com esses verbos. a análise teórica foi fundamentada no modelo formal de kratzer (1981, 1991, 2012), onde os vários significados expressos pelos modais (epistêmico, deôntico, teleológico, bulético e quantos mais houver) são determinados por duas funções de contexto - base modal e fonte de ordenação - as quais mapeiam o mundo de avaliação a conjuntos de mundos, determinando o tipo de modalidade expressa e um parâmetro ideal estereotípico, deôntico, teleológico ou bulético que pode inclusive contribuir para a derivação da força modal (possibilidade ou necessidade) em algumas línguas. assumimos, que ‘pode’ é um quantificador existencial sobre mundos possíveis (por isso expressa possibilidade), e focamos na análise das diferenças entre ‘deve’ e ‘tem que’, ambos comumente associados à expressão da necessidade. partimos da intuição de que uma sentença como ‘tem que-p’ (sendo p a sentença encaixada no modal), veicula que p é o único resultado possível no contexto, enquanto ‘deve-p’ veicula que p é o melhor resultado nocontexto, pressupondo uma comparação entre alternativas. o objetivo dos questionários foi verificar as seguintes hipóteses sobre essas diferenças: (i) ‘deve’ é preferido em contextos evidenciais (que definimos como contextos de fonte de ordenação estereotípica), enquanto ‘tem que’ é preferido em contextos não-evidenciais (contextos de ordenação deôntica, teleológica, bulética); (ii) ‘deve’ expressa uma força modal mais fraca do que ‘tem que’. as hipóteses foram confirmadas pelos dados coletados, analisados estatisticamente no ambiente rstudio (r core team, 2014) usando modelos de regressão linear mista. com base nos resultados obtidos, recorreu-se à teoria para traçarmos uma explicação para a semântica de ‘deve’ e ‘tem que’, usando ‘pode’ como parâmetro de força: enquanto os modais ‘pode’ e ‘deve’ são o par dual possibilidade/necessidade, sendo respectivamente quantificadores existencial e universal sobre mundos possíveis, ‘deve’ é um modal gradual cujo significado pode ser derivado a partir da noção de possibilidade comparativa proposta em kratzer (2012).

Pós-processamento: Índice de Shannon: 3.95979

ODS 1 ODS 2 ODS 3 ODS 4 ODS 5 ODS 6 ODS 7 ODS 8 ODS 9 ODS 10 ODS 11 ODS 12 ODS 13 ODS 14 ODS 15 ODS 16
5,05% 5,49% 7,13% 6,08% 6,86% 4,77% 5,33% 8,10% 7,61% 5,17% 7,40% 4,74% 4,84% 5,66% 5,28% 10,49%
ODS Predominates
ODS 16
ODS 1

5,05%

ODS 2

5,49%

ODS 3

7,13%

ODS 4

6,08%

ODS 5

6,86%

ODS 6

4,77%

ODS 7

5,33%

ODS 8

8,10%

ODS 9

7,61%

ODS 10

5,17%

ODS 11

7,40%

ODS 12

4,74%

ODS 13

4,84%

ODS 14

5,66%

ODS 15

5,28%

ODS 16

10,49%