O cobre é um material bem conhecido e amplamente utilizado em componentes com a função de trocador ou extrator de calor. entretanto, o cobre possui uma resistência mecânica e limite de temperatura de operação considerados baixos. desta forma há uma oportunidade de desenvolvimento de materiais compósitos que aliem a capacidade de extração de calor do cobre com uma maior resistência. neste trabalho, compósitos de ferro e cobre foram fabricados via metalurgia do pó, com ênfase no estudo da sinterização dos compósitos bem como a caracterização de suas propriedades térmicas. a rota de fabricação foi a mistura de pós, simples compactação e sinterização via fase líquida e no estado sólido. a quantidade de cobre nas amostras variou de 20 a 80% em volume. trata-se de um trabalho exploratório, onde o principal objetivo é adquirir conhecimento inicial sobre esses compósitos, e verificar a possibilidade de fabricação dos mesmos via metalurgia do pó. para tal, produziram-se compósitos de fe e cu visando alcançar uma condutividade térmica maior que amostras de ferro puro produzidas pela mesma rota. para atingir tal objetivo, é desejado obter microestruturas onde o cobre forme uma fase contínua pela qual, pressupõe-se, que o calor possa fluir de forma facilitada. para produzir esta microestrutura desejada estudou-se o comportamento dos compósitos durante o aquecimento através de análises térmicas diferenciais (dta+tg) e a sinterização foi realizada com acompanhamento online no dilatômetro. os compósitos produzidos foram caracterizados via microscopia óptica e eletrônica, análise química por eds, medidas de microdureza e medida de difusividade térmica utilizando a técnica laserflash para posterior cálculo da condutividade térmica. as amostras com percentuais de cobre igual ou superior a 40% apresentaram fase contínua de cobre em sua microestrutura. a condutividade térmica dos compósitos contendo cobre foi maior que do ferro puro produzido sob as mesmas condições e a amostra contendo 40% de cobre apresentou resultados promissores com valores de condutividade similares a amostra contendo 80% de cobre. os resultados indicam que não apenas o teor de cobre, mas também o tipo de sinterização realizada, e portanto a microestrutura final, especialmente a relação entre as fases do compósito e a porosidade, possuem um efeito determinante sob a condutividade térmica dos mesmos.